sexta-feira, 4 de março de 2011

Filme: Sex And The City 2

Sex and the City 2 (“Sex and the City 2”) – Assisti dia: 23/01/2011


Nota: 2,5 de 5

Certos filmes não foram feitos para ter uma continuação. Ainda assim, normalmente isto ocorre porque inesperadamente foi um sucesso de bilheterias, e se repetisse a dose em um segundo, poderia dar certo novamente.

Sex and the City” foi um desses casos. O primeiro filme, lançado em 2008, fez um sucesso de mais de US$152 milhões só nos Estados Unidos. Pode parecer pouco, mas para um filme baseado em uma série que atraía mais o público feminino, foi um acontecimento inesperado. Como todo filme, o longa agradou algumas pessoas e não teve o mesmo efeito com outras – inclusive, algumas fãs da série, que durou 6 anos (1998 a 2004).

Dois anos foram suficientes para uma sequência. “Sex and the City 2” estreou nos cinemas em 2010. É. Mas, desta vez não acertaram tão bem quanto pensavam. O orçamento do longa foi estimado em US$100 milhões, mas a arrecadação nos Estados Unidos não conseguiu cobrir a verba, totalizando US$95 milhões.

As críticas não foram positivas, algumas até cruéis. Talvez isto também tenha influenciado os três prêmios (“Piores Atrizes”, “Pior casal ou elenco” e “Pior continuação”) que o filme recebeu no Framboesa de Ouro 2011 das sete indicações que recebeu. Porém, defendo que o filme não é de todo ruim.

Claro que o filme não foi feito para ganhar um Oscar. A função de “Sex and the City” nunca foi esta. A maioria do elenco é fraca, o roteiro não se sustenta e nem há tantos momentos engraçados assim – ou quase nenhum. O objetivo do filme é tentar divertir principalmente as mulheres (o que até que consegue, apesar dos desnecessários 146 minutos) e mostrar o glamour (o que deveria ser, pelo menos). E isto ele consegue.

Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Samantha Jones (Kim Cattrall), Charlotte York (Kristin Davis) e Miranda Hobbes (Cynthia Nixon), as quatro amigas mais badaladas de Nova Iorque, estão enfrentando alguns probleminhas familiares em seus lares. Carrie não consegue se adaptar a vida de casado que seu marido tanto deseja, o Mr. Big (Chris Noth); Charlotte está em crise com a pressão de se criar duas filhas pequenas; Miranda não sabe o que fazer depois que perde o emprego e Samantha não encara muito bem o envelhecimento.

Em meio a tantos problemas, elas decidem que precisam de umas férias conjuntas após um convite inusitado: viajar para os Emirados Árabes, com tudo pago. Sim! Assim, muito fácil e chique, claro! Mas, ela só aceita com uma exceção: desde que as suas outras três amigas também possam embarcar nesta aventura com ela. Pedido aceito, uma conversa sincera com as companheiras e bingo! Lá estão elas em um avião chiquérrimo de primeira classe embarcando para os Emirados Árabes.

Acredito que a escolha do destino das amigas não foi de propósito. Em um lugar em que o ouro reina, as construções são grandiosas e existem pessoas milionárias, o país foi perfeito para lançar quatro mulheres em crise e desesperadas para se ter um pouco de diversão, luxo. E o melhor: tudo de graça.
Fato é: mesmo no meio do deserto, andando de camelo ou dentro de um táxi, elas não perdem o gosto fashion. Dior, Prada, Gucci, entre tantas outras marcas caras, são divulgadas direta ou indiretamente no filme.

Mas nem todas as roupas são para serem admiradas. Alguns modelitos são de dar medo para o telespectador, e o pensamento de que nenhum ser, são e consciente, conseguiria usar algo tão feio ou simplesmente, brega. Mas, não. É “Sex and the City”, é Carrie Bradshaw e suas amigas, é Dior, é moda. Tudo bem, pode ser o que for, mas algumas peças mereciam um limite!

No entanto, isso não importa. É tudo maravilhoso de se ver na tela. As quatro mulheres são consideradas lindas, passam uma segurança incrível, conseguem contornar situações imprevistas e são invejadas, tanto pelo estilo, quanto pela vida que têm, pelo público que assiste ao filme.

É praticamente um sonho de consumo! Igualzinho aquele que toda mulher tem quando vê uma joia da Tiffany & Co, um vestido Dior, uma bolsa Prada, sapatos Christian Louboutin e maquiagem Chanel. Está tudo ali à frente dela, mas, ou demora um tempo para que ela consiga obter ou ela sabe que nunca terá e só admira.

Então, para quê assistir “Sex and the City” pensando se o filme é bom, se a edição é ótima, se o elenco é extraordinário, se a trilha sonora é digna, se o roteiro tem lógica e se o diretor consegue se sobressair? Simplesmente não foi feito para isso.

É para curtir a pipoca, se admirar com tanto glamour, se emocionar e tentar se divertir com as confusões das quatro amigas, as quais possuem diferentes personalidades que se complementam e que se saem bem juntas. E é bonito de ver um grupo que permaneceu unido depois de tanto tempo, mesmo com as dificuldades da vida, e que estão disponíveis para amparar umas as outras.

É só mais um entretenimento do cinema que vai deixar saudades para aqueles que se identificaram e para os apaixonados por moda.

30/01/2011

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