quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Comentário: Violência Urbana

Bom, esse texto é um pouco mais antigo, mas é porque o professor ainda não tinha entregado. Então, segue corrigido.

O comentário dele, rindo, foi que eu fui um pouco radical! :P
Além de no 3º parágrafo: "Não é bem isso", e sobre o texto geral: "Acredito eu que o caminho é investir em questões sociais, e a educação que você citou em apenas um parágrafo deveria ser mais refletida".


Comentário: Vocês acreditam na solução da violência por meio de reforço policial, equipamentos de segurança e na invasão de regiões onde o tráfico se localiza?

É fato que a violência urbana atinge as cidades de todo o Brasil, não apenas as capitais ou metrópoles, mas as de menor porte também são figurinhas carimbadas com algum assunto relacionado nos principais jornais do país. O problema é antigo, enraizado na sociedade brasileira e preocupa governantes e principalmente, os moradores. No entanto, as causas são muitas e as soluções dependem de muitos.

Os motivos que podem acometer o alto índice de violência no Brasil são diversos. Desde o tráfico de drogas até mesmo uma simples briga em um bar. Um exemplo deste último ocorreu em Uberlândia - MG. Há cerca de duas semanas, dois "amigos" estavam jogando sinuca em um bar da cidade e um deles começou a discutir com o outro por pensar que ele estava trapaceando no jogo. O resultado: o "perdedor" esfaqueou o outro, que não resistiu aos ferimentos.

Casos como esse não são mais assustadores ou incrédulos para a população, que na última década parece tão descrente em relação a melhorias no país, principalmente quando o assunto é a violência urbana, que simplesmente se acomodam e acham que está tudo certo. As classes financeiramente melhores convivem um pouco melhor com o medo que abate sobre a situação: instalam equipamentos de segurança em suas casas, moram nos condomínios considerados mais seguros, contam com reforço policial para chegar em casa se for tarde da noite e vivem em áreas mais residenciais e "longe" do crime.
Mas, a questão é que ninguém está longe do crime. Infelizmente, ele está em todos os bairros e locais, desde um assalto a mão armada até um sequestro seguido de assassinato. Infelizmente, o medo tomou conta de todos que alguns deixam de sair de casa para não correrem perigo. Até mesmo dentro da nossa própria residência estamos vulneráveis aos bandidos.

E então, há uma solução prática para a violência urbana? Este modo de vida das classes mais afortunadas realmente funciona? E se a polícia invadisse as regiões onde o tráfico se localiza? Melhoraria? A incidência da violência diminuiria?

A questão é muito mais complexa do que se imagina. Pode haver bilhões de investimentos na tentativa de diminuir a violência, mas ela só aconteceria se houvesse uma mudança de postura e comportamento de toda a sociedade. Isso inclui os policiais corruptos, os governantes que utilizam de acordos com traficantes, os moradores e os próprios bandidos que pensam que a morte é a melhor solução.

Mas como alguém poderia simplesmente mudar de consciência, postura e comportamento da noite para o dia? Pois é, infelizmente, isso parece tão impossível que uma solução para a violência existiria apenas se houvesse a construção de um novo mundo.

As leis deveriam ser mais rígidas e poderia ser instaurada a pena de morte para os casos mais extremos, como estupro. Os policiais deveriam ser mais bem treinados, na base de um BOPE como o do filme "Tropa de Elite", com um líder no tipo do Capitão Nascimento, que não tem dó nem compaixão com os criminosos. Além, é claro, do salário ser maior e justo, porque assim, quem sabe, a corrupção com os próprios bandidos e traficantes diminuiria.

Os governantes poderiam investir mais na educação, com projetos com uma carga horária diferenciada em um outro turno, para que, os alunos interessados e motivados voltassem à escola para aprender atividades do cotidiano, se interagirem mais, brincarem, lerem e praticarem esportes.

Os equipamentos de segurança deveriam vir instalados em todos os apartamentos e casas, como alarmes e cercas elétricas para tentar inibir os criminosos.

Enquanto isso não ocorre, o jeito é tentar amenizar a situação e rezar, porque solução no momento, não há, principalmente a curto prazo. E aí, o medo acaba sendo um amigo indesejado.

13/09/2011