segunda-feira, 12 de julho de 2010

Filme: Coco Antes de Chanel

Coco Antes de Chanel (“Coco Avant Chanel”) – Assisti dia: 29/06/2010


Nota: 2 de 5

Uau! Um filme que promete contar a história de uma das maiores estilistas e influenciadoras da moda mundial, Chanel. Então você logo imagina que respostas para as perguntas provavelmente mais comuns sobre o tema serão respondidas. Como ela começou a costurar? De onde veio o seu talento e dom para a costura? Quantos anos ela tinha quando começou sua carreira? Quais foram alguns de seus maiores modelos da época? Mas a empolgação se desfaz durante o longa metragem. Infelizmente, o filme não consegue se sustentar e as perguntas que surgem ao longo dele, continuam sem respostas no final.

Coco Antes de Chanel” começa na França, em 1893, quando o pai de Gabrielle (Audrey Tautou) e Adrienne (Marie Gillain) as abandona em um orfanato. Na adolescência, as duas irmãs, de personalidades distintas, são costureiras pela manhã e cantoras amadoras à noite em um cabaré de uma cidade francesa. A música mais conhecida que elas cantam é “Coco”. Surgiu assim o apelido para a irmã mais nova, Gabrielle.

Depois de serem demitidas do emprego noturno, cada uma segue o seu caminho na vida. Adrienne se casa com um barão e Gabrielle-Coco, junta o pouco dinheiro que tem para ir morar com Balsan (Benoît Poelvoorde), um homem rico que ela conheceu no cabaré. Acostumada com a vida mais pobre, ela se vislumbra com a mordomia que começa a ter. Mas, mesmo fazendo parte da nobreza e sendo menosprezada pelo amante, Coco nunca deixava de demonstrar sua forte personalidade e o gosto peculiar para roupas, consideradas de homem na época. Aliás, foi ela quem inventou as calças femininas, detalhe este que não é apontado claramente no filme.

Sua vida muda completamente quando conhece o charmoso Arthur Capel (Alessandro Nivola), ou Boy, como era mais conhecido. Porém, o que era um romance lindo e feliz, acaba em um inesperado e triste acontecimento. Desiludida, Coco, famosa pela criação até então de chapéus, se entrega totalmente para a alta costura de vestidos, terninhos e roupas femininas.

A fotografia do filme é linda ao mostrar outras áreas da França além de Paris. A produção foi muito bem ao assegurar os detalhes da época, como as roupas das madames nobres, os chapéus, as músicas, os móveis e os carros. O elenco é praticamente todo francês, mas não há nenhum destaque. Audrey Tautou, como Coco, não está ótima, mas também não é ruim. Sua interpretação às vezes é forçadamente amarga, o que pode irritar o telespectador.

O enredo, quando não foge muito da verdadeira história que teve Gabrielle Bonheur Chanel, é distorcido e transformado para ficar mais agradável nas telas do cinema. Não há nem trechos ou menções no longa metragem da polêmica acerca do suposto envolvimento dela com a política nazista. Na verdade, não é só essa falta. “Coco antes de Chanel” não conta quando ela nasceu, com quantos anos morreu ou com quantos anos criou o primeiro vestido que se destacou na sociedade, fora algumas perguntas que apontei no início deste texto.

O que era para ser uma biografia da famosa estilista mundial, hoje notoriamente conhecida como Chanel, não consegue se sobressair. O filme parece ser só mais um drama qualquer. O que pode decepcionar o público é o foco estar tanto em seus amantes e não abordar de maneira concisa como começou seu talento para a alta costura.

30/06/2010

domingo, 11 de julho de 2010

Filme: Código de Conduta

Código de Conduta (“Law Abiding Citizen”) – Assisti dia: 05/06/2010


Nota: 3,5 de 5

Clyde Shelton (Gerard Butler) é um cidadão comum que fica desolado depois de uma crueldade envolvendo dois bandidos e sua família em sua própria casa. A sentença do caso, comandada pelo procurador Nick Rice (Jamie Foxx), é injusta.

Dez anos depois, Clyde começa uma série de assassinatos envolvendo todas as pessoas próximas ou que tiveram alguma ligação com o fato, em um ato de vingança e revolta contra o sistema jurídico americano.

A tensão que se prolonga durante os 108 minutos de filme (a versão estendida chega a 118), apreende o telespectador de forma autêntica e criativa. O interesse ocorre na expectativa de qual será a próxima artimanha realizada por Clyde, todas inteligentes, algumas incrivelmente inesperadas e que conseguem enganar facilmente o procurador Nick e seus parceiros.

Gerard Butler (“300”), acostumado a fazer filmes de comédia, se destaca no longa interpretando muito bem o desejo de vingança e crueldade de seu personagem, com algumas feições que transmitem o ódio de uma forma sarcástica e ironizada. Jamie Foxx (“O solista”) também não deixa a desejar com o papel de um procurador teimoso, individualista e prepotente, que demora a entender a necessidade da cooperação de sua equipe. O filme ainda conta com a excelente Viola Davis (“Dúvida”) em uma pequena, mas marcante atuação, como a prefeita da cidade de Filadélfia.

Com uma mistura de ação, suspense e humor negro, o filme consegue prender o telespectador com um roteiro elaborado e uma boa produção. Ótimo para quem aprecia o gênero e procura por uma diversão garantida.

28/06/2010

sábado, 10 de julho de 2010

Filme: Fúria de Titãs

Fúria de Titãs ("Clash Of The Titans") – Assisti dia: 04/06/2010


Nota: 2,5 de 5

Um bom moço que se revolta após uma tragédia pessoal e quer vingança. A história comum em filmes de aventura e ação é repetida na refilmagem de “Fúria de Titãs” (“Clash Of The Titans”, de 1981). O diferencial fica por conta do toque mitológico do filme, uma característica um pouco menos abordada nos cinemas.

Zeus (Liam Neeson) está furioso porque os humanos não acreditam mais em suas benções e perderam a crença nele. Isto é o suficiente para que o Deus do Olimpo peça a seu maléfico irmão, Hades (Ralph Fiennes), para castigar os habitantes da Terra.

A trama narra a história (distante da lenda original) de Perseu (Sam Worthington), um bom rapaz criado em uma família humilde de pescadores, que após um acidente familiar envolvendo o Deus do submundo, Hades, se rebela. Depois do episódio, o semideus (Perseu descobre ser filho de Zeus com uma humana e enfrenta uma crise existencial e uma resistência para aceitar as bênçãos de seu pai verdadeiro) se une a um exército de homens formado na cidade de Argos para defender a princesa Andrômeda contra uma maldição lançada por Hades.

A aventura se instala no momento em que o grupo inicia sua busca pela cabeça de Medusa, monstro mitológico que transforma qualquer pessoa que olha em seus olhos em pedra, que é a salvação para a filha do rei de Argos. Até chegar ao objetivo principal, o pequeno exército trava batalhas com diferentes seres extravagantes e faz parceria com outros.

Os efeitos especiais não são dos melhores. Mas, para um filme que contém seres gigantescos, esquisitos e apavorantes, até que a tecnologia não deixou a desejar. O efeito 3D (fui ao cinema assistir ao filme nessa dimensão), que foi aplicado na pós-produção do filme, não ajudou em algumas cenas de ação do longa. Além de o sistema deixar um pouco escuro, praticamente não faz diferença durante os 118 minutos de duração. Uma estratégia de marketing para arrecadar mais dinheiro, já que os ingressos custam mais caro.

A fotografia do filme, apesar de quase toda árida e deserta, é bem instigante e bonita ao seu estilo. Os atores não possuem nenhuma participação de destaque. São quase todos medianos (ou às vezes nem chegam a isso) em suas atuações. Nem mesmo os mais experientes como Ralph Fiennes (“Guerra ao Terror”) e Liam Neeson (“Batman Begins”) se consagram como Hades e Zeus, respectivamente.

Para quem aprecia, o interessante do longa metragem é ver alguns deuses da mitologia grega em live-action. Mas não passa disso. Não posso comparar em relação ao de 1981, porque ainda não assisti, mas o “Fúria de Titãs” de 2010 é mais um daqueles filmes para passar o tempo, com algum entretenimento, poucas risadas e romance envolvidos além da aventura em si.

Agora é esperar para conferir qual história desses seres mitológicos será abordada na continuação prevista para 2012.

26/06/2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

1º episódio de Supernatural

Como última parte da prova, a professora entregou para a turma um papel indicando uma nova série que estaria sendo lançada uma semana depois da prova no Brasil: Supernatural. Só como simulação, porque a série já estreou por aqui há um tempo.
Então, assistimos ao primeiro episódio da primeira temporada e ela pediu para escrever uma crítica sobre ele.


“Supernatural” é a nova série de TV que será exibida em canal aberto
As aventuras de dois irmãos envolvem, principalmente, suspense e terror

"Supernatural" é a nova série de TV que será transmitida por um canal aberto brasileiro, o SBT. O sucesso no exterior é grande, tanto que a série terminou a sua 6ª temporada há pouco tempo nos Estados Unidos. Dois irmãos, Dean e Sam, saem à procura do pai após seu sumiço. O trabalho deles é caçar seres sobrenaturais, mitológicos e de lendas urbanas que, na série, são reais.

A série pode ser considerada inovadora para a época (estreou em 2005 nos EUA), já que o gênero de suspense, com pitadas de humor, drama, ação, aventura, romance, terror e mistério nunca foram tão abordados em programas como estes. Mas não é só isso que transforma "Supernatural" em sucesso. A trilha sonora com clássicos do metal e rock antigos são complementadas com a interpretação muito boa dos principais atores da série, Jared Padalecki (Sam) e Jensen Ackles (Dean), dois irmãos que, apesar de qualquer coisa, se protegem. A química entre eles é muito boa e o amor e a irmandade que transmitem são comoventes.

*ALERTA DE SPOILERS* (só porque a profª comentou que quem lesse, poderia não gostar! =P)

O primeiro episódio conta um trauma de infância vivido pelos irmãos, principalmente Sam. E como está a vida dos dois 22 anos depois. Sam é o irmão mais novo. Carismático, estabilizado e feliz, mora em um apartamento com a namorada e está prestes a se formar na faculdade de Direito. Já Dean, o mais velho, pode ser considerado o oposto do irmão. Com um comportamento mais duro, insensível, brincalhão e impaciente, leva uma vida semelhante a do pai. Sem local fixo para morar, viaja pelos Estados Unidos em um Chevy impala preto, investigando os acontecimentos sobrenaturais que ocorrem em diferentes cidades.

O sumiço do pai faz com que Dean, há um tempo sem notícias do irmão, Sam, o procure para pedir ajuda na nova aventura. A princípio, o mais novo recusa, mas com as insistências e argumentos do irmão, acaba concordando em acompanhar na procura do pai, desde que seja por poucos dias. É nesta viagem que ocorre a primeira caça de um ser fantasmagórico da série.

O telespectador pode sentir o mistério que o prende na frente da televisão. Cada bloco do seriado é muito bem produzido, inclusive os efeitos especiais, que não deixam a desejar e melhoram a cada episódio. O clima de suspense e a história contada de uma forma descontraída, fazem com que a trama seja envolvente e não entendiante. Para os amantes do gênero suspense/terror então, será uma empreitada eletrizante dividida em 22 episódios que compõem a primeira temporada.

18/06/2010