sábado, 5 de março de 2011

Restart


A influência da banda Restart na vida dos adolescentes
Admiração pelo grupo vai além das roupas coloridas

Estilo sensível. Roupas e acessórios coloridos. Rock feliz (happy rock). Essas características fazem parte da cena musical brasileira atual com o grupo Restart. Formado por Pe Lanza, Thomas, Lucas e Pe Lu, a banda se reuniu em agosto de 2008 para um festival do colégio em que os seus integrantes estudavam. Ficaram em segundo lugar, mas nunca imaginaram que fariam tanto sucesso com o público adolescente. Hoje, dois anos depois do lançamento do primeiro CD, meninas e meninos de todo o Brasil querem se vestir como eles e ficam com os dedos grudadinhos para fazer o símbolo mais conhecido do grupo: o coração.

A explicação para o termo “happy rock” está nos acessórios chamativos, nas roupas coloridas, tênis folgados, calças largas mostrando a peça íntima e camisetas estampadas divertidas. “O visual nada mais é do que reflexo daquilo que a gente quer passar com as nossas músicas, um clima pra cima, energia positiva, felicidade!”, conta os membros da banda para o site Powerpop. E não é só copiando o estilo dos artistas que os fãs ficam satisfeitos. O grupo possui alguns produtos com a marca Restart, como chicletes e álbum de figurinhas. As próximas novidades são: uma biografia e um filme para contar a história de sucesso da banda.

“As roupas coloridas eu uso sim, mas nem todos os dias”, diz a dona do fã-clube @itliferestart, Letícia Sobrinho, de 12 anos. Para ela, a influência do grupo na vida dos fãs é positiva. “Desde costumes, até atitudes, tudo pode ser incorporado como forma de demonstrar admiração por eles, a quem tenho como exemplo”, diz. Ela não é a única a pensar dessa forma. A banda possui mais de 480 mil seguidores no Twitter.

No entanto, essa admiração pode ser influência da mídia. É o que defende a psicóloga Lucianna Ribeiro de Lima. “Esta interferência que acaba determinando escolhas, atitudes, linguagem e até valores não é favorável para o desenvolvimento do adolescente, porque ele está restringindo suas possibilidades de vivências e de contatos com outros estilos musicais, além de incorporarem as aprendizagens veiculadas como algo inquestionável. Quanto mais diversidade com estilos diferentes e com a riqueza do universo cultural de nosso país, mais as oportunidades para fazerem suas escolhas e de se constituírem como pessoas conscientes, cidadãos críticos em nossa sociedade”, explica.

02/03/2011

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