Acho que eu não poderia deixar de comentar a notícia que abalou o mundo ontem, 25 de junho de 2009.
Quando fui avisada de que Michael Jackson morreu, eu não acreditei. Realmente, não acreditei. Estava na faculdade e meu professor confirmou: “Liguei para minha filha, é verdade”. Após este momento, recebi duas mensagens no meu celular: “Michael Jackson morreu” e “Natália, Michael Jackson morreu, mas ainda não há confirmação”. Poxa... foi aí que eu comecei a cantar os poucos trechos que sei e me balançar ao ritmo de “Thriller”. Ademais, fiquei pensativa, abalada, abismada e pasma. Como? Fiquei me perguntando, enquanto a minha colega não se importava: “Para mim não faz diferença, e daí que ele morreu”?
Apesar de não ser fã e nem seguidora do Astro, entendo que ele foi muito importante para a revolução da música pop. Afinal, foi um dos primeiros a inovar em seus passos de dança, música e batidas. Quem nunca tentou imitar o seu famoso “moonwalk”? – aquele passinho com os pés para trás –, a sua famosa e brilhante dança no seu maior clipe de sucesso: “Thriller” ou mesmo já ficou com alguma de suas músicas impregnadas na cabeça?
Com sua morte, Jackson conseguiu ‘derrubar’ até o Google, triplicou mensagens no Facebook, bateu o recorde de postagens no Twitter: 15.000 por minuto e ainda entrou com 15 CD’s entre os mais vendidos do site Amazon.com. Um feitio realmente incrível em menos de 24 horas.
No entanto, o que de fato é um tanto quanto engraçado e curioso, foi que isso ocorreu após o seu falecimento. Isto nos faz pensar que, por mais medonha e abalada que seja a morte, é apenas depois dela que as pessoas são lembradas. É como se estas não fossem ‘aproveitadas’, homenageadas, dadas a sua devida importância ainda em vida e duramente criticados por atos, como se não fossem humanos antes de celebridades. Quantos famosos ficaram ainda mais depois que morreram? Elvis, Kurt Cobain, Marylin Monroe, dentre outros. Embora seja gratificante que eles ainda ‘permaneçam’ entre nós, há uma impressão de que, enquanto estavam vivos, não tiveram este grande impacto.
Jackson levou uma vida muito polêmica, recheada de mais baixos que altos. Mas no momento, tentava se reerguer com uma turnê – que, a princípio se daria apenas em Londres, com mais de 50 shows marcados e todos esgotados – provavelmente mundial. Após alguns concertos terem sido remarcados para março de 2010, começaram os questionamentos: “Será que Michael realmente está bem?”, “Ah, ele está doente”, “O suposto câncer de pele pode ter ocasionado este adiamento”, “A saúde do cantor está cada dia mais debilitada”, entre outros. Porém, era impensável que, aos 50 anos, com uma fantástica carreira, Michael viria a morrer, deixando inúmeros fãs ao redor do mundo abalados e martirizados.
Que Jackson esteja em um lugar melhor que o nosso, espalhando os seus sucessos e sendo abençoado. Ficará na história, na memória e será mais um daqueles – merecidamente – que continuará fazendo um sucesso estrondoso durante anos e anos, gerações e gerações.
Dentre diversas celebridades as quais divulgaram depoimentos em consolo e homenagem à morte do Rei do Pop, destaco duas: a de Britney Spears (apenas porque sou muito fanática, e não imagino o que aconteceria comigo – se ainda fosse super fã – se sua morte viesse tão cedo) e a de Carlinhos de Jesus:
Britney Spears, cantora: "Eu estava planejando ir a Londres só para assistir ao show de Michael Jackson. Ele foi uma inspiração durante toda a minha vida. Estou arrasada com a notícia de sua morte."
Carlinhos de Jesus, dançarino: “Do ponto de vista artístico, Michael Jackson foi um divisor de águas. Ele trouxe uma outra visão para o mundo do espetáculo. Depois dele, as pessoas passaram a ver a música, em vez de apenas ouvi-la. Na dança, ele criou todo um conceito, um estilo. Além disso, ele foi o responsável por difundir a música negra para o mundo. Ela entrou em espaços onde não entrava antes, fazendo os brancos dançarem. Nenhuma outra grande estrela do universo artístico superou isso.”
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