terça-feira, 10 de agosto de 2010

Filme: A saga Crepúsculo: Eclipse

A Saga Crepúsculo: Eclipse (“The Twilight Saga: Eclipse”) – Assisti dia: 02/07/2010 e 03/07/2010


Nota: 3 de 5

Depois do sucesso inexplicável de “Crepúsculo”, todo o mundo passou a conhecer a história de amor quase impossível de uma humana e um vampiro à moda antiga. Os livros explodiram de vendas e os fãs ansiavam pelas próximas adaptações para as telas de cinema.

Com “Lua Nova”, o sucesso foi ainda mais estrondoso. Afinal, como perceberam que os maiores fãs da saga são meninas adolescentes, conseguiram mostrar o ponto fraco delas no cinema: o abdômen sarado de Jacob (Taylor Lautner). E deu certo. Para quem foi logo na primeira semana de estreia do longa, os suspiros e gritinhos empolgantes a cada cena do descendente de lobo, mostraram que a empreitada funcionou.

A espera por “Eclipse” era maior. E a responsabilidade também. Nos livros, foi um dos mais obscuros, com cenas de ação um pouco mais empolgantes, envolvendo algumas mortes e a criação paralela de um grupo de vampiros recém-criados. Ou seja, com a sede de sangue à flor da pele e mais fortes que nunca.

David Slade foi o nome escolhido para dirigir a terceira parte da trama para as telas de cinema. Nenhuma coincidência, já que havia ficado famoso pelo suspense/terror “30 Dias de Noite” (“30 Days Of Night”). Então se pensa: teremos um filme que envolverá mais cenas de ação e talvez até o lado mais sedento por sangue que originalmente deixou os vampiros conhecidos?

Era o que alguns boatos apontavam antes da estreia do filme. Mas, não há essa abordagem intensa de ação que conquistaria mais fãs, inclusive masculinos e mais velhos.

Bella (Kristen Stewart) está insegura em relação ao pedido de casamento feito por Edward (Robert Pattison) no segundo filme, e isto é demonstrado com a confusão de sentimentos que se instala no triângulo amoroso (mais intenso que nos dois últimos filmes), entre Jacob-Bella-Edward. Além disso, Victoria (Bryce Dallas Howard) é o nome por trás da criação do exército de recém-criados, que conta com a ajuda de Riley (Xavier Samuel), um recém-criado. O objetivo? Matar Bella. E ainda tem os Volturi, que aguardam ansiosamente a transformação da humana em vampira.

O filme se sustenta com a preparação para a chegada dos recém-criados na cidade de Forks. Isto faz com que o longa não tenha um personagem principal e de muito destaque. Como há muitas explicações durante os 124 minutos de filme, alguns coadjuvantes conquistaram seus 15 minutos de fama: Rosalie (Nikki Reed) conta sua história de como se transformou em vampira, e Jasper (Jackson Rathbone) é o responsável pela preparação dos lobos e da família Cullen para o confronto com os recém-criados. Mas quem consegue roubar a cena mesmo quando aparece na tela é Riley, o cúmplice de Victoria. Ele consegue transmitir toda a paixão que tem pela ruiva e a raiva absorvida pela vampira má por Bella.

Os efeitos visuais melhoraram quando comparados aos do filme anterior, principalmente na questão da matilha. A trilha sonora é praticamente igual a dos outros três filmes, alternativa, mas voltada para o rock.

Kristen Stewart continua com a mesma cara durante todo o filme, uma Bella apática e sem emoção, assim como nos outros dois da série. Robert Pattison conseguiu se sobressair em relação à sua curta participação em “Lua Nova” e Taylor Lautner consegue se manter, mostrando que não é só mais um corpo bonito.

Uma impressão que o telespectador pode ter em comparação aos outros dois filmes é de que o visual de Bella melhorou, já que ela aparece “bonitinha” na terceira parte do romance. Para os mais observadores, os cabelos (ou seriam todos perucas?) de Bella, Esme e Alice estão muito escuros e o de Rosalie, um loiro mais para branco. Seria um adicional para a “escuridão” envolvida no filme?

Para quem leu o livro, o filme até que conseguiu se manter harmônico com as 464 páginas do romance. Mas alguns leitores podem passar por certa irritação no cinema com partes distorcidas, inexistentes e outra que era para ter sido abordada no segundo filme, mas que entrou no terceiro.

Para os que não leram, mas acompanham a série no cinema, a sensação é de que esse é o melhor filme da trilogia até então. A dose de ação misturada com algumas risadas e o romance não tão clichê quanto nos outros filmes, se consolida como uma boa aventura de se assistir, exceto algumas cenas que podem contrariar o telespectador pelo comportamento muito conservador de Edward.

Ademais, fica como uma preparação para os próximos filmes que vêm por aí. “Amanhecer” foi dividido em dois: um para 2011 e outro para 2012. Esperar para ver se essa jogada de marketing vai se consolidar e se, com mais tempo de duração, a adaptação ficará mais fiel com o livro do que as outras três.

11/07/2010

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