segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Filme: A Princesa e o Sapo

A Princesa e o Sapo (“The Princess and the Frog”) – Assisti dia: 08/07/2010


Nota: 4 de 5

Depois de 6 anos sem produzir nenhum filme em animação tradicional (o último foi em 2004, com “Nem Que a Vaca Tussa”), a Disney volta com suas tradicionais histórias de contos de fadas no longa “A Princesa e o Sapo”. O diferencial é a personagem principal: a primeira princesa negra dos estúdios Disney.

Em tempos de alta tecnologia, no qual as animações passaram dos tradicionais “cartoons” para um formato digital, os estúdios Disney apostaram mais uma vez na sua já consagrada fórmula de princesas em um formato tradicional, trazendo ao público adulto aquela sensação nostálgica, enquanto cativa os mais novos que não vivenciaram esta época.

O filme é ambientado na antiga Nova Orleans, e conta a história de Tiana, uma menina que vem de uma família humilde e ajuda a sua mãe no trabalho de doméstica na casa da mimada Charlotte. As duas acabam se tornando melhores amigas e o interessante é que não há inveja no relacionamento das garotas. Muito pelo contrário, a branca Charlotte acaba ajudando Tiana em um momento de necessidade.

O sonho da princesa negra é ter o seu próprio restaurante, tanto que ela trabalha em diferentes lugares nos dois turnos do dia e consegue economizar uma “gaveta” de dinheiro. Seu objetivo estava prestes a ser conquistado quando um sapo (que na verdade é o príncipe Naveen) aparece e lhe pede um beijo para quebrar o feitiço achando que ela é princesa. Inocente, Tiana acaba beijando o animal. Para o infortúnio dos dois, ela também acaba virando uma sapa. A partir daí, o casal parte em uma aventura para encontrar uma feiticeira no meio da floresta que sabe como desfazer o feitiço.

A Princesa e o Sapo” tem todos os ingredientes que fizeram de clássicos antigos da Disney um sucesso: um príncipe individualista, uma mocinha teimosa e determinada, músicas alegres e contagiantes, uma aventura na floresta com animais que são essenciais para a busca dos sapinhos, um amor envolvente e um malvado egoísta que se dá mal no final. Tudo isso misturado com risadas, suspense, romance e ação. E claro, uma mensagem positiva que serve como reflexão e pode ser extraída durante e no final do filme.

Os diretores são os mesmos de outros clássicos da Disney, como “A Pequena Sereia”, “Aladdin” e “Hércules” e semelhanças entre os personagens é o que não falta. Os traços do príncipe Naveen são muito parecidos com o príncipe da Ariel, Eric. Os do malvado Dr. Facilier são semelhantes ao de Jafar, de “Aladdin”. E ainda, os da princesa Tiana lembram a princesa Jasmin, também de “Aladdin”.

Aliás, para quem cresceu vendo os desenhos da Disney vão reparar que muitas situações de “A Princesa e o Sapo” são semelhantes (e outras até iguais) com outros filmes, como “A Bela e a Fera”, “A Pequena Sereia”, “Cinderella” e “O Rei Leão”. Mas isso não tira a magia encantadora que faz o longa metragem da princesa negra um excelente filme que se mantém fiel como um clássico. Para os colecionadores de títulos, uma diversão garantida para se ter em casa. Para os que adoram clássicos da Disney, um filme que com certeza cumpre as expectativas e é obrigatório para completar a coleção.

A Disney conseguiu, mais uma vez, mostrar o porquê é a número um em histórias envolvendo princesas, e a sua tradição em animações 2D continua com muita criatividade.

11/07/2010

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